O Vasco foi fundado como um clube de remo em 1898, por um grupo de 63 rapazes, imigrantes portugueses e luso-descendentes, reunidos no bairro da Saúde. O nome escolhido foi Club de Regatas Vasco da Gama, pois naquele ano eram comemorados os 400 anos da viagem do célebre almirante à Índia.
A história: Em 1923, uma equipe considerada pequena, que acabara de ser promovida a primeira divisão, conquistou o campeonato carioca. Como se isso não bastasse para provocar a ira dos aristocráticos clubes grandes, o campeão era formado por trabalhadores de origem humilde, brancos, negros e mulatos, sem dinheiro nem posição social. Este campeão era o Vasco da Gama. Naquela época, o racismo imperava no futebol brasileiro. Em 1921, era debatido se jogadores de cor deveriam ser convocados para os importantíssimos confrontos entre a seleção brasileira e a da Argentina. Como vingar-se do atrevimento do Vasco? Os clubes aristocratas reuniram-se e deliberaram excluir jogadores humildes, sob a alegação de que praticavam o profissionalismo. Numa sessão realizada na sede da Liga Metropolitana, Mário Polo, o presidente do Fluminense, apresentou as condições impostas aos chamados pequenos clubes. Estes teriam que apresentar condições materiais e técnicas e eliminar de seus quadros sociais jogadores considerados profissionais, constantes de uma lista que foi lida no momento. A confusão e as vaias explodiram no recinto ao término da exposição feita por Mário Polo. Finalmente usou da palavra Barbosa Junior, do S.C. Mackenzie, representante dos chamados pequenos clubes, condenando o racismo dos grandes clubes, uma vez que os jogadores atingidos eram apenas os mulatinhos rosados do Vasco, Bangu, Andaraí e São Cristóvão, sendo o Vasco o mais prejudicado de todos. Os arianos do Fluminense, Botafogo, Flamengo e América nem de leve foram tocados. Os aplausos calorosos da enorme assistência a Barbosa Junior deixaram a Mário Polo desapontado. A confusão foi de tal ordem que a sessão foi suspensa por dez minutos, durante os quais Mário Polo e Ari Franco, o representante do Bangu, retiraram-se juntos para uma das salas onde conversaram secretamente. Vendo seus planos irem por água abaixo, os clubes grandes decidiram que se afastariam da Liga Metropolitana, formando uma nova entidade, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos. Estava decretada a cisão do futebol carioca. Mário Polo e seus comparsas calculavam que os chamados pequenos clubes ingressariam cabisbaixos e humilhados na nova entidade, submetendo-se às suas regras discriminatórias. Bangu e São Cristóvão, que possuíam jogadores atingidos pelo racismo, confirmaram as expectativas dos grandes. Os demais fatalmente seguiriam essa opção, não fora a atitude desassombrada do presidente vascaíno Dr. José Augusto Prestes e da diretoria do Vasco, enfrentando com galhardia a campanha racista, apoiado pelos outros pequenos clubes. Um ofício assinado pelo presidente do Vasco foi enviado a Arnaldo Guinle, presidente da AMEA, declarando publicamente que negava-se a participar da nova entidade. Esse documento histórico, transcrito abaixo, deu origem a extinção do racismo no futebol.
| Competição | Ano |
|---|---|
| Copa Libertadores da América 1 título | 1998 |
| Campeonato Brasileiro 4 títulos | 1974, 1989, 1997 e 2000 |
| Recopa Sul-Americana 2 títulos | 1993 e 1994 |
| Campeonato Sul-Americano de Clubes 1 título | 1948 |
| Copa Mercosul 1 título | 2000 |
Inaugurado em 1927, São Januário foi uma resposta aos clubes elitistas da época. Há 93 anos, o Estádio São Januário era inaugurado no Rio de Janeiro, com recursos dos vascaínos, que desde os primórdios fizeram seu clube competitivamente relevante na bola entre os times ou na alma.
Endereço: R. Gen. Almério de Moura, 131 - Vasco da Gama, Rio de Janeiro - RJ, 20921-060
Telefone: (21) 2176-7373
Capacidade: 21.880
Nome: Estádio São Januário
Inauguração: 21 de abril de 1927
Time: Club de Regatas Vasco da Gama
Proprietário: Club de Regatas Vasco da Gama
Arquiteto: Ricardo Severo
1º lugar: Roberto Dinamite – 702 gols Dinamite é, disparado, o maior artilheiro da história do Vasco da Gama. Além disso, pode ser reconhecido também, por muitos torcedores, como o maior ídolo do clube. Atuou com a camisa preto e branca entre 1971 e 1993, tendo pequenas e rápidas passagens por Barcelona, Portuguesa e Campo Grande. É o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 190 gols e do Carioca, com 279 tentos marcados. Além disso, chegou a fazer mais de mil partidas e foi presidente do clube.
2º lugar: Romário – 326 gols Campeão do mundo com o Brasil em 1994, Romário também é um dos maiores artilheiros da história do Vasco. O atacante subiu aos profissionais em 1995, pelo próprio Vasco da Gama, onde atuou até 1988. Depois, voltaria em 2000 e em 2005. Ao todo, marcou 326 gols pelo clube, conquistando títulos como 2 cariocas, 1 brasileiro e 1 Copa Mercosul.
3º lugar: Ademir de Menezes – 301 gols O atacante tem duas passagens pelo clube: a primeira de 1942 a 1945; e a segunda de 1948 a 1956. Além disso, integrou a Seleção Brasileira no ouro no Pan, de 1952. Pelo Vasco, foi campeão carioca 4 vezes, marcando mais de 300 gols e merecendo o terceiro lugar da lista de maiores artilheiros da história do clube.
4º lugar: Pinga – 250 gols José Lázaro Robles, o Pinga, atuava pela esquerda, tanto como meia quanto como ponta. Chegou ao Vasco em 1953, vindo da Portuguesa. Por lá ficou até 1961, quando foi encerrar a carreira no Juventus, de São Paulo. Ainda voltaria como treinador do clube em 1969. Porém, destacou-se mesmo como jogador, marcando 250 gols pelo Vasco.
5º lugar: Russinho e Ipojucan – 225 gols Na verdade, pulamos da sétima para a quinta posição porque há um empate. Russinho e Ipojucan marcaram, cada um, 225 gols pelo Vasco. O primeiro atuou pelo clube na década de 1920, mais precisamente de 1924 a 1934. Já Ipojucan jogou de 1944 a 1954 pelo Gigante da Coluna. Ao todo, os dois somam 450 gols pelo time!
7º lugar: Vavá – 191 gols O atacante Vavá chegou ao Vasco em 1952, vindo do Sport, de Recife. Pelo Rio de Janeiro ficou até 1958, quando resolveu jogar pelo Atlético de Madrid, da Espanha. Pelo clube, anotou 191 gols. As boas apresentações o levaram, inclusive, à Seleção Brasileira. Participou de conquistas importantes para o Vasco, como o Torneio de Paris, de 1957.
8º lugar: Sabará – 165 gols O oitavo maior artilheiro da história do Vasco, Onofre Anacleto, atuou por mais de 10 anos no clube de São Januário. Entre 1952 e 1964, foi um dos destaques da equipe, atuando por mais de 570 jogos. Marcou 165 gols, conquistando 3 cariocas e um Rio-São Paulo.
9º lugar: Lelé – 147 gols O ponta-atacante Manuel Peçanha, também conhecido como Lelé, jogou no Vasco nos anos 1940, mais precisamente entre 1943 e 1948, quando se transferiu para o rival Flamengo. Pelo time da Colina, foram mais de 140 gols, além da artilharia do Campeonato Carioca de 1945.
10º lugar: Valdir Bigode – 143 gols Valdir Bigode também surgiu no Vasco da Gama, na mesma época de Edmundo. Por lá ficou até 1994, quando se transferiu para o São Paulo. Retornou em 2002, ficando até o ano de 2004. Ao todo, foram 143 gols pela equipe vascaína e 4 títulos do Campeonato Carioca. O jogador também fez sucesso no Atlético-MG.
11º lugar: Edmundo – 138 gols O atacante Edmundo acumulou uma série de passagens pelo Vasco; 5 no total. Começou e encerrou a carreira no clube, em 1992 e 2008, respectivamente. Ao todo, foram 138 gols pelo clube cruzmaltino, além de títulos importantes como o Brasileirão de 1997 e o Carioca de 1992, quando foi considerado o melhor jogador.
